Genipapo ou Jenipapo?![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjYv7vbLBMuxx_B6rOJrdODtsSZgF7cKxqz9uH_5A8vDaTOQvtKvQjmqD8e-eVHzO4j6aI7nmQ3D-Hv49yj2T6tzrbeqR0zwfjDwdJw3iYna5bD8mffr6vlA19Agl_C4-ADXr2w0EvM4LI/s1600/DSCF1260.JPG)
No Campo Maior, bela e agradável cidade piauiense, onde aconteceu a Batalha do Jenipapo, de grande importância na luta pela Independência, não existe esta dúvida: tá lá, no pórtico que indica o local da batalha e onde existe um memorial: BATALHA DO JENIPAPO BERÇO DA INDEPENDÊNCIA. Como meu pai é do Campo Maior nunca me assaltou nenhuma dúvida sobre a grafia. Até o dia em que comprei uma pequena propriedade agrícola, no Sítio Genipapo, em Ubajara, Ceará. Desde então, na conta de luz, nos registros do cartório, nos escritos das pessoas, o G volta a surgir com força, trazendo a insegurança para este escriba, acostumado que foi a seguir as regras da ortografia e da gramática e acossado pela opinião de doutas pessoas que consideram este fato "um passo importante na marcha firme e segura da burrice e da preguiça neste país".
Consultando as regras da ortografia, descubro que se usa o jota nas palavras de origem indígena, africana ou árabe, o que explica a transformação da nossa genipa em jenipapo, configurando-se portanto esta grafia com G em autêntica e perigosa subversão de valores.
jiboia –
pajé – manjericão – Moji – canjica - jenipapo
No entanto para os moradores dos Sítios Genipapo, Paus Altos dos Cunha e Chapadinha, congregados na Associação Comunitária de Genipapo, esta discussão não tem o menor valor, considerando inclusive as despesas com cartório, contador e assemelhados que adviriam com a correção ortográfica.
E neste espaço trataremos dos anseios, lutas, trabalhos conquistas e realizações destas comunidades, encerrando por aqui as discussões literárias.