quinta-feira, 20 de abril de 2017

Canapum

Canapum.
Frutinha nativa que se espalha com vontade neste tempo de chuva. Parente do tomate, do pimentão, da batata dita inglesa, da família das solanáceas, que tem ainda o fumo, o jiló, a berinjela, a jurubeba.
Na conversa com um agricultor de meia idade, a lembrança do tempo em que se comia estas frutinhas e outros vegetais comestíveis enquanto se limpava o roçado. Saberes e sabores que se perdem, substituídos por uma receita de veneno prescrita por um técnico, vendedor de uma multinacional fabricante de insumos. 
 Os colombianos, que não são bestas, trataram de aproveitar o potencial comercial da planta, inserindo-a no circuito de alimentos funcionais e saudáveis, com seu nome científico, Physalis (assim mesmo, com ph de pharmácia e o y de vários significados).
E os iluminados aqui da terrinha achando que o grande negócio é vender por qualquer preço, pra quem se dispuser a aproveitar a liquidação, as nossas riquezas, muitas das quais nem conhecemos.
Economistas vão pra televisão, jurando de pés juntos que este é o único caminho a ser trilhado.

Soda, diria Phócrates.

Um comentário:

  1. saudades da infancia: o barulhinho de estourar e o gosto bom.
    Por que nao valorizamos nossa cultura e riquezas?

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