Canapum.
Frutinha nativa que se espalha com vontade neste tempo de chuva. Parente do tomate, do pimentão, da batata dita inglesa, da família das solanáceas, que tem ainda o fumo, o jiló, a berinjela, a jurubeba.
Na conversa com um agricultor de meia idade, a lembrança do tempo em que se comia estas frutinhas e outros vegetais comestíveis enquanto se limpava o roçado. Saberes e sabores que se perdem, substituídos por uma receita de veneno prescrita por um técnico, vendedor de uma multinacional fabricante de insumos.
Os colombianos, que não são bestas, trataram de aproveitar o potencial comercial da planta, inserindo-a no circuito de alimentos funcionais e saudáveis, com seu nome científico, Physalis (assim mesmo, com ph de pharmácia e o y de vários significados).
E os iluminados aqui da terrinha achando que o grande negócio é vender por qualquer preço, pra quem se dispuser a aproveitar a liquidação, as nossas riquezas, muitas das quais nem conhecemos.
Economistas vão pra televisão, jurando de pés juntos que este é o único caminho a ser trilhado.
Soda, diria Phócrates.
saudades da infancia: o barulhinho de estourar e o gosto bom.
ResponderExcluirPor que nao valorizamos nossa cultura e riquezas?